sábado, 4 de setembro de 2010

A ERA VARGAS (1930-1934) - RESUMO

A ERA VARGAS (1930-1945)
GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)
GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)
O ESTADO NOVO (1937-1945)

Sendo reforçado por um amplo conjunto de forças, o primeiro mandato de Getúlio Vargas como presidente teve a presença de vários grupos aliados. Classes médias, a burguesia urbana, as oligarquias dissidentes, banqueiros, industriais e militares formavam outra configuração política. Nesse quadro, as antigas oligarquias não tinham seu poder completamente expurgado, mas agora teriam que dividi-lo junto ao interesse desses novos nichos.
Vargas compôs um ministério repleto de representantes políticos gaúchos e mineiros. Além disso, colocou diversos militares para controlarem os governos estaduais na qualidade de interventores. 
OS MILITARES: extrema esquerda (comunismo) e direita (totalitarismo).
ECONOMIA: VARGAS INVESTIU NA INDUSTRIA DO PAÍS, CRIANDO OS MINISTÉRIOS (INDÚSTRIA E COMÉRCIOS, DO TRABALHO, EDUCAÇÃO E SAÚDE); VALORIZAÇÃO DO CAFÉ (PVC), INSTITUTO DO CACAU.
LEIS TRABALHISTAS: CLT: jornada de oito horas diárias; a paridade salarial entre os sexos, a proibição do trabalho aos menores de 14 anos; férias remuneradas e indenização para demissão sem justa causa.

A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA


Enquanto o novo presidente reafirmava suas alianças colocando os tenentes à frente dos governos estaduais, a insatisfação política dos paulistas ganhava maior força. Nesse aspecto, membros da oligarquia buscavam apoio político para pressionar o novo presidente a convocar uma nova constituinte. A realização de novas eleições seria uma maneira de rearticular a presença das oligarquias no poder e garantir os interesses desse mesmo grupo.
Em maio de 1932, uma manifestação paulista acabou gerando graves conseqüências com a morte de quatro jovens manifestantes: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.

A CONSTITUIÇÃO DE 1934


A CONSTITUINTE (1933): Seguindo os elementos do novo Código Eleitoral, foram organizadas, em 1933, as eleições que escolheriam os políticos responsáveis pela discussão de nossa nova carta magna. De tendência modernizadora, a eleição da Assembleia Constituinte foi conduzida pelo voto secreto dos maiores de 21 anos alfabetizados, incluindo as mulheres.
O Brasil continuava a ser uma República Federativa, com relativa autonomia para os estados; os poderes continuavam separados em Executivos, Legislativo e Judiciário; e as eleições diretas eram mantidas como forma de escolha dos governadores, deputados e do presidente.
Com relação às leis trabalhistas, a constituição proibiu a distinção dos salários para uma mesma função por razões de estado civil, nacionalidade, sexo e idade. Promoveu a criação do salário mínimo e a padronização de uma jornada de trabalho máxima de oito horas diárias. O repouso semanal remunerado foi instituído, assim como as férias anuais remuneradas. Os menores de quatorze anos de idade eram proibidos de trabalhar e os patrões deveriam indenizar o trabalhador que fosse demitido sem justa causa.
TEMAS: SAÚDE, EDUCAÇÃO E TRABALHO- INOVAÇÕES

A CRISE DA REPÚBLICA VELHA

A política do café-com-leite foi um acordo firmado entre as oligarquias estaduais e o governo federal durante a República Velha para que os presidentes da República fossem escolhidos entre os políticos de São Paulo e Minas Gerais. Portanto, ora o presidente seria paulista, ora mineiro.
O nome desse acordo era uma alusão à economia de São Paulo e Minas, grandes produtores, respectivamente, de café e leite.
Formalmente, a política do café-com-leite teve início em 1898, no governo do paulista Manuel Ferraz de Campos Salles, e encerrou-se em 1930, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder

AS ELEIÇÕES

VOTO ABERTO: AOS MAIORES DE 21 ANOS;
VOTO DO CABRESTO;
PRESENÇA DO CORONEL;
FEDERALISMO: AUTONOMIA PARA OS ESTADOS

A CRISE

A crise da República Velha e o Golpe de 1930 Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.  Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.

A GUERRA DE PRINCESA (O CORONEL ZÉ PEREIRA VERSUS JOÃO PESSOA)

Poucos episódios revelam tão bem o delicado equilíbrio existente na República Velha entre o poder dos "coronéis", que mandavam nos municípios do interior, e a autoridade dos governadores como a revolta da Princesa, ocorrida no sertão da Paraíba no ano de 1930.

A MORTE DE JOÃO PESSOA


No dia 26 de julho de 1930, João Pessoa foi assassinado por João Dantas na Confeitaria Glória, na cidade de Recife (PE). Segundo historiadores, por questões de ordem pessoal e também por questões políticas, sua morte foi o estopim para um movimento armado que mudou a estrutura política nacional, gerando o episódio que ficou conhecido como Revolução de 30. Com o assassinato de João Pessoa iniciou-se um movimento armado no país contra a posse do presidente eleito, que terminou com a deposição em 24 de outubro de 1930, do presidente Washington Luís e a subida ao poder de Getúlio Vargas. Terminava assim a República Velha e iniciava-se a chamada Era Vargas.

O principal motivo que teria levado o advogado João Dantas a assassinar João Pessoa seria a publicação pelo jornal A União (jornal oficial do Estado) de correspondências e escritos (como poemas) trocados entre o advogado e a sua amante, a professora e poetisa Anayde Beiríz, além da exposição de fotografias íntimas do casal na delegacia de polícia, que escandalizaram a sociedade moralista da época.  Tanto as cartas e escritos quanto as fotografias foram confiscados pela polícia no escritório de João Dantas, na rua Duque de Caxias.
Desesperado com o ocorrido, ele foi até a cidade de Recife onde assassinou com arma de fogo o então governador do estado, que seria o candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas. Depois do crime, João Dantas foi preso e encontrado morto na cadeia.